História do Casino
Casino do Luso
Edifício de 1886, é um belo exemplar arquitetónico, que retrata a “Belle Époque” que se vivia em Portugal. Presenteia-nos com um magnífico Salão nobre, onde se destaca a pintura do teto, datada de 1910, do consagrado pintor Gabriel Constante.
Espaço de animação cultural criado inicialmente para os termalistas que iam para as termas durante longas estadas, conta ainda com uma Biblioteca e Salas para momentos culturais e de exposição.
Um lugar charmoso e único
O Casino situa-se na encosta da Serra do Buçaco, na bela Vila de Luso e é um ex-libris em termos de Património Histórico.
O Casino é hoje em dia um espaço aberto à comunidade para a realização de várias atividades culturais, casa de exposições temporárias no período de verão e um espaço museológico que permite conhecer o legado histórico da Sociedade da Água de Luso.
Por ser um edifício de cariz único, são muitas as visitas guiadas ao Casino e ao Núcleo Museológico ao longo do ano.
Datas de Referência
1886
Para efeitos de lazer, divertimento e convívio entre os banhistas, é inaugurada a “Casa de Associação”, que mais tarde passa a designar-se de “Club”.
Esta Casa de Associação é construída sobre o Balneário Termal, depois deste ter sido ampliado poucos anos antes, aquando da construção de novos compartimentos para arrumação diversa.
1910
Em vésperas do fim do regime monárquico, o rei D. Manuel II vem passar as suas férias de Verão à bucólica Mata do Buçaco. Nessas férias, além dos longos passeios pela mata, o rei desloca-se à bonita Vila de Luso para fazer tratamentos termais e para visitar a então chamada “Alameda do Club”.
Devido às estadas do Rei no Palácio na Serra do Bussaco, a Alameda do Club passa a ser frequentada também pela nobreza que acompanhava o Rei, aumentando o fluxo de visitantes a este espaço. Por esse motivo, a Alameda do Club passa, a partir desta data, a designar-se de “Grémio”, e é completamente vedada com muros de alvenaria e gradaria de ferro.
Dentro do Grémio são transformadas e modernizadas algumas divisões, tal como o salão de baile e concluem-se as obras da “(...) vasta galeria envidraçada anexa”. O Salão de baile e de teatro foi decorado com pormenores de requintado gosto, representando a “Belle Époque”.
1916
São concluídas as obras do novo “(...) edifício anexo ao Grémio” (Cafeteria), pois a afluência de visitantes ao Luso e Termalistas crescia e a empresa preocupada em receber bem os seus termalistas e disponibilizar as melhores condições para uma estadia agradável, decidiu realizar um contrato de arrendamento do Grémio e da cafeteria anexa, com o Casino Peninsular da Figueira da Foz.
1924
O contrato de arrendamento acordado entre a Sociedade da Água de Luso (SAL) e o Casino Peninsular da Figueira da Foz terminou, passando a partir desta data a Sociedade a explorar diretamente o espaço, resultando daí a denominação de Casino até aos dias de hoje.
Esta designação de Casino foi resultado das atividades lúdicas e jogos de tabuleiro que se realizavam neste edifício durante os anos em que vigorou o contrato com o Casino Peninsular da Figueira da Foz.
1981
Lançamento de um Programa Piloto de Animação Termal. Para tal, utilizou-se o salão nobre do Casino e anexos, onde decorreram exposições de arte, artesanato, bailes de gala, visitas, entre muitas outras actividades. Sem igual nas outras Termas Portuguesas, esta estrutura de animação manteve-se ininterruptamente nos anos seguintes, contribuindo para a promoção das Termas de Luso e da Vila de Luso.
2007 e 2008
O Casino foi alvo de reparação profunda, modernização das infraestruturas e restauro, visível hoje pela sua qualidade.
Estas obras decorreram durante 2 anos e tiveram um investimento de cerca de 300.000 mil euros na recuperação do edifício, valorizando assim o património.
Passado este período de restauro, o Casino abre portas e continua a ser um espaço de apoio à comunidade.